Os 10 principais achados arqueológicos surpreendentes

“O passado é um país estrangeiro; eles fazem as coisas de maneira diferente lá.”

O passado pode ser chocante e familiar. É comum dizer que a natureza humana nunca muda – mas ainda é possível que a arqueologia nos surpreenda, arrancando do solo coisas que transformam a nossa concepção do passado. Aqui estão dez das descobertas arqueológicas mais revolucionárias da história recente:

10
Tintinábula

Tintinábula

Durante séculos, o Império Romano foi considerado o auge da civilização. As ruínas romanas estavam entre os edifícios mais grandiosos ainda de pé, e estátuas majestosas – mais belas do que quaisquer outras até ao Renascimento – eram constantemente arrancadas do chão. Mas durante muito tempo, a verdade chocante da vida quotidiana romana ficou completamente escondida do público.

A descoberta de Pompeia mudou tudo isto: mostrou-nos que havia uma presença constante da sexualidade na vida romana. Aparentemente, os romanos não tinham vergonha associada ao membro masculino em particular. Os tintinnabula, ou sinos de vento – encontrados em muitas das casas – representam enormes falos alados rodeados por sinos. Para os romanos, o falo simbolizava a saúde masculina e pensava-se que afastava a má sorte.

9
Mecanismo de Anticítera

Em 1901, um antigo naufrágio foi descoberto por mergulhadores de esponjas na costa da ilha grega de Anticítera. Entre os achados de bens comerciais típicos, como estátuas e frascos, foi encontrada uma massa fundida de metal. Durante quase cem anos após a sua descoberta, o mecanismo foi considerado uma simples curiosidade.

Agora é considerado um dos primeiros precursores do computador. As diversas engrenagens e rodas do mecanismo são capazes de calcular onde as estrelas e os planetas devem aparecer no céu noturno. Esta descoberta mostra não apenas uma compreensão aguçada do movimento dos céus, mas também a capacidade de replicar esses movimentos numa estrutura artificial. Sugere uma compreensão mecanicista do universo que aponta para o desenvolvimento da ciência como a melhor forma de lidar com o mundo que nos rodeia.

8
Lanças de pedra

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No extremo sul da África do Sul, foram descobertos fragmentos de pedra pontiagudos – perfeitamente adequados para pontas de lanças. Eles tinham 200 mil anos de idade – e sugeriam que os humanos caçavam para se alimentar há muito mais tempo do que se pensava ser possível. Algumas evidências sugerem que os humanos podem ter sido caçadores ainda antes disso: foram encontrados restos de fogueiras para cozinhar que datam de até um milhão de anos.

7
Antibióticos antigos

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Os antibióticos científicos têm cerca de setenta anos. Mas foram encontrados ossos na Núbia – datados de 550 d.C. – que mostram vestígios de tetraciclina, um antibiótico usado ainda hoje.

Como as pessoas usaram um antibiótico mais de mil anos antes de ele ser descoberto? A tetraciclina é produzida por levedura – e a levedura pode ser usada para produzir cerveja. Parece que os antigos núbios – incluindo os seus filhos pequenos – bebiam cerveja como remédio.

6
Deusas mães

Uma das estátuas mais antigas já descobertas retrata uma mulher obesa com seios inchados. A Vênus de Willendorf foi descoberta na Áustria e tem 26.000 anos. É altamente improvável que qualquer membro de uma sociedade antiga fosse tão sobrealimentado que se tornasse obeso e, portanto, as estátuas são mais simbólicas do que representativas.

Essas figuras provavelmente foram esculpidas para representar a maternidade. A presença de estatuetas rotundas em muitos locais antigos sugere que as primeiras práticas religiosas conhecidas estavam relacionadas ao culto da feminilidade.

5
Lentes Visby

Lente Visby

As lentes Visby são uma coleção de cristais de rocha encontrados em túmulos Viking na Suécia. Todos são polidos em formas muito específicas que melhoram a visão. Eles são capazes de ampliar coisas e teriam permitido um trabalho artesanal detalhado – mas, como as lupas modernas, também poderiam focar a luz. Poderiam, portanto, ter sido usados ​​para acender fogueiras ou mesmo para cauterizar feridas.

4
Dodecaedro romano

Dodecaedro Romano

Às vezes, os arqueólogos descobrem um artefacto cujo propósito é um completo mistério – mas é raro que toda uma classe de artefactos permaneça desconhecida. Em todo o mundo romano, foram descobertos pequenos dodecaedros de metal com círculos cortados nas faces – mas não temos ideia para que eram originalmente usados. Alguns sugerem que foram usados ​​como castiçais (improvável numa época em que as lâmpadas a óleo eram a norma), enquanto outros pensam que podem ter sido uma ajuda para avaliar a distância.

3
Baterias de Bagdá

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Nas ruínas da Mesopotâmia, foram encontrados jarros contendo cilindros de ferro e pontas de cobre. Eles ainda são um mistério, mas as especulações trouxeram algumas teorias interessantes. Sabemos que se esses potes estivessem cheios de suco de uva ácido, poderia ter sido produzida voltagem. As reconstruções modernas dos frascos mostraram que teria sido produzida voltagem suficiente para permitir o uso eléctrico – mas nesta fase, são necessárias mais provas.

2
Flautas antigas

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Em uma caverna na Alemanha, foram encontrados ossos de mamute com buracos esculpidos, fazendo com que se assemelhassem a gravadores modernos. Os ossos encontrados tinham 40 mil anos: eles sugerem que sociedades musicais complexas existiram em um passado distante. Parece improvável que uma pessoa sozinha criasse instrumentos musicais; numa comunidade, contudo, um especialista teria tempo para esculpir o instrumento e ensinar outros a tocá-lo – sugerindo que as sociedades antigas valorizavam a música o suficiente para sustentar os músicos.

1
Otzi, o Homem do Gelo

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Em 1991, montanhistas descobriram um corpo congelado no derretimento do gelo dos Alpes. Depois de libertado do gelo, descobriu-se que o corpo tinha 5.000 anos. Os restos surpreendentemente bem preservados nos ajudaram muito a compreender a vida de nossos ancestrais.

Buracos nas orelhas de Otzi teriam sido usados ​​para algum tipo de brinco. A pele de sua coluna, joelho e tornozelos está tatuada. Seu corpo tem vários ferimentos, incluindo um ferimento de flecha – sugerindo que ele foi atacado por outros humanos antes de finalmente morrer nas montanhas. Esta lista trata de descobertas arqueológicas surpreendentes: destas, a morte infligida pelo homem é talvez uma das menos surpreendentes.

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