10 rituais antigos incomuns que você talvez não conheça

Os rituais têm desempenhado um papel significativo na civilização humana desde os tempos antigos. Desde o nascimento até a morte, os humanos realizaram rituais por diversos motivos, como buscar bênçãos, apaziguar os deuses, expressar gratidão e até mesmo para fins de entretenimento. Os rituais antigos fascinaram estudiosos, antropólogos e aficionados por história durante anos devido à sua natureza mística e única. Esses rituais geralmente envolvem cerimônias elaboradas, fantasias, música e dança e são um reflexo das crenças e valores das pessoas que os realizam.

Esta lista explora dez rituais antigos incomuns que você talvez não conheça. Estes rituais vêm de diferentes partes do mundo e são um testemunho da diversidade e riqueza da cultura humana. Ao examinar estes rituais, podemos obter insights sobre as crenças e práticas dos nossos antepassados ​​e apreciar como eles tentaram dar sentido ao mundo ao seu redor. Quer você esteja interessado em história, antropologia ou simplesmente curioso sobre as formas estranhas e fascinantes como os humanos se expressaram, esta lista é para você. Então, vamos mergulhar no mundo intrigante dos rituais antigos e descobrir os segredos que estão dentro dele.

Relacionado: 10 fatos obscuros sobre canibalismo ritual

10 O Apito da Morte dos Astecas

Os astecas usavam um apito único chamado Apito da Morte em suas cerimônias relacionadas à morte e à vida após a morte. O apito foi feito no formato de um crânio humano ou de uma cabeça decapitada, com entalhes e detalhes intrincados. Era feito com argila ou cerâmica, materiais abundantes na região. O apito consistia em um corpo de argila ou pedra em forma de caveira com um tubo oco preso na parte traseira.

Durante as cerimônias, o Apito da Morte foi tocado para criar um som assustador que lembrava os gritos dos mortos. O objetivo deste som era guiar as almas dos falecidos para a vida após a morte, segundo as crenças astecas. Os astecas consideravam a morte uma parte importante da sua cultura e acreditavam que era um passo necessário na jornada para a vida após a morte. Ao usar o Apito da Morte, eles honraram seus entes queridos falecidos e garantiram que suas almas fossem devidamente guiadas. [1]

9 O lançamento de bebês na Índia

O ritual de jogar bebês era praticado em certas partes da Índia, envolvendo jogar crianças do telhado de um templo. Os bebês, normalmente com menos de dois anos de idade, foram entregues aos padres que os sacudiam e depois os atiravam de uma altura de 9,1 a 15,2 metros (30 a 50 pés). As crianças que caíam seriam apanhadas por um grupo de homens que estavam abaixo, usando um pano para garantir a sua segurança. O ritual foi realizado na primeira semana de dezembro. Foi observado tanto por hindus quanto por muçulmanos, pois a história mostra que este era um costume social e não religioso.

As origens deste ritual remontam a aproximadamente setecentos anos, quando as taxas de mortalidade infantil eram altas e os avanços médicos eram limitados. Alguns padres aconselharam os pais de crianças doentes ou moribundas a construírem um santuário e a atirarem os seus bebés como forma de salvar as suas vidas. No entanto, nos tempos modernos, o ritual já não serve o propósito de salvar crianças doentes. Ainda assim, é realizado como uma celebração em muitas partes da Índia. [2]

8 O salto do touro na Creta minóica

O salto do touro na Creta minóica era um ritual antigo que envolvia os participantes saltando nas costas de um touro em ataque. Este espetáculo perigoso era frequentemente realizado diante de grandes multidões e era considerado um rito de passagem para os jovens. O ritual era um esporte popular na Creta minóica e frequentemente apresentado na arte e na literatura antigas.

O propósito do ritual do salto no touro é debatido entre os estudiosos, mas geralmente acredita-se que tenha um significado religioso. Algumas teorias sugerem que o ritual pretendia homenagear o touro como símbolo de fertilidade e força, enquanto outras argumentam que era um teste de coragem e habilidade para os jovens. As cortes cerimoniais características dos palácios minóicos são frequentemente consideradas locais para o esporte, servindo como praças de touros minóicas. O ríton Cabeça de Touro do Pequeno Palácio de Cnossos foi feito de serpentinita e foi reconstruído com incrustações de concha, cristal de rocha e jaspe no focinho e nos olhos. [3]

7 O corte do dedo da tribo Dani

Este ritual de corte de dedos é realizado pela tribo Dani, um grupo de pessoas que vive nas terras altas de Papua, Nova Guiné. Durante o ritual, os membros da tribo – mais comumente mulheres, mas também participam homens – tiveram as pontas dos dedos cortadas com uma lâmina afiada de bambu. Essa experiência dolorosa e traumática foi realizada sem os benefícios da anestesia ou do alívio da dor.

O objetivo deste ritual é lamentar a morte de um membro da família. A tribo Dani acredita que suportar essa dor faz parte do processo de luto. Além disso, o ritual tem como objetivo manter afastados os espíritos do membro da família que partiu recentemente. Embora esta prática possa parecer bárbara para quem está de fora, é parte integrante da cultura e identidade da tribo Dani. O significado do ritual reside na sua capacidade de reforçar os valores e crenças da comunidade, bem como de marcar o falecimento de um ente querido. [4]

6 A Automumificação dos Monges Budistas

A automumificação dos monges budistas, conhecida como Sokushinbutsu, foi de fato um ritual que ocorreu no Japão entre os séculos XI e XIX. O processo envolveu uma privação gradual de comida e água por parte do monge. Além disso, os monges engajavam-se em atividades espirituais, inclusive meditando em um espaço pequeno e confinado. Essa autotortura continuou por vários anos até que o monge finalmente morreu. Após a morte, o corpo do monge seria mumificado e colocado num santuário para adoração.

O objetivo deste ritual era atingir a iluminação e atingir um estado de pureza espiritual. Os monges acreditavam que, ao levarem os seus limites físicos e mentais ao extremo, poderiam transcender o mundo material e alcançar um estado de ser mais elevado. Embora este ritual possa parecer extremo e bárbaro para as sensibilidades ocidentais modernas, era considerado uma atividade nobre e respeitada no Japão da época. Os monges que completaram com sucesso o processo foram altamente reverenciados como homens santos, e os seus corpos mumificados serviram como um testemunho da sua capacidade espiritual. [5]

5 O Sati da Índia

O ritual Sati era de fato uma prática na Índia antiga, onde uma viúva era queimada viva na pira funerária de seu marido. Foi considerado um ato de devoção ao marido e acreditava-se que libertava a mulher de quaisquer pecados que ela pudesse ter cometido durante a vida. A prática era popular nos séculos XVII e XVIII. No entanto, acabou sendo proibido pelo governo colonial britânico no século 19, sob o governo de Lord William Bentinck, o primeiro governador-geral da Índia governada pelos britânicos.

O propósito do ritual Sati era de fato demonstrar o sacrifício e a devoção finais ao marido. Acreditava-se que, ao escolher voluntariamente morrer com o marido, a viúva alcançaria mérito espiritual e receberia um lugar no céu. No entanto, é importante notar que a prática foi muitas vezes coagida e muitas mulheres foram forçadas ou pressionadas a cometer Sati contra a sua vontade. Este tem sido um assunto controverso, já que o significado e as implicações do ritual têm sido amplamente debatidos. Alguns argumentam que reforçou os valores patriarcais e contribuiu para a opressão das mulheres. [6]

4 A Águia de Sangue dos Vikings

A águia de sangue era um ritual brutal supostamente praticado pelos vikings. No entanto, há debate entre os estudiosos modernos sobre sua real ocorrência e execução. Segundo a tradição popular, no ritual da águia de sangue, a vítima era contida e suas costas abertas para expor as costelas. As costelas seriam então quebradas e separadas, criando o formato das asas de uma águia. Finalmente, os pulmões seriam retirados e colocados nos ombros da vítima.

O propósito da águia de sangue continua a ser um assunto de debate entre os historiadores. Alguns propõem que pode ter sido uma forma de sacrifício humano para apaziguar os deuses, enquanto outros argumentam que foi um castigo, possivelmente por traição. Acreditava-se que o ritual era reservado a indivíduos considerados merecedores ou corajosos, servindo como uma demonstração do poder e destemor dos vikings. A sua brutalidade também serviu de aviso aos outros, reforçando a reputação dos Vikings como guerreiros formidáveis. [7]

3 O Enterro na Água ou no Céu no Tibete

O enterro na água ou no céu no Tibete é um ritual antigo único praticado no Tibete, onde o corpo da pessoa falecida é colocado em uma plataforma alta ou em um local remoto para ser consumido por abutres e outras aves necrófagas. Os restos mortais são então espalhados, permitindo que o espírito da pessoa se funda com a natureza. Este ritual é realizado com grande reverência e respeito pelo falecido. É visto como um ato final de caridade para com os vivos, pois o corpo é devolvido à natureza.

O objetivo do enterro na água ou no céu no Tibete é liberar o espírito da pessoa falecida de seu corpo físico e permitir que ele se junte ao ciclo natural de vida e morte. O ritual é baseado na crença de que o corpo é apenas um recipiente para o espírito e que a morte é uma parte natural do ciclo da vida. Também é considerada uma forma de retribuir à natureza e manter o equilíbrio ecológico. No Tibete, onde o solo é duro e rochoso, com pouca vegetação, este método de sepultamento é visto como prático, respeitoso e espiritualmente significativo. [8]

2 A Afiação dos Dentes da Tribo Mentawai

A tribo Mentawai, localizada na Indonésia, pratica o antigo ritual de afiar os dentes. Este ritual envolve o uso de uma pedra afiada para lixar ou afiar os dentes dos jovens membros da tribo. O processo normalmente ocorre quando a criança atinge a idade de seis ou sete anos e é realizado pelo xamã da tribo. O processo de afiação dos dentes pode ser demorado, durando várias horas, e a criança recebe medicamentos fitoterápicos para ajudar a aliviar a dor.

O objetivo principal do ritual de afiação dos dentes é significar a transição de uma criança desde a infância até a infância. Acredita-se que ao afiar os dentes as crianças adquirirão maior força e resiliência, tanto física quanto espiritualmente. Além disso, acredita-se que dentes afiados protegem contra espíritos malignos e protegem a criança de perigos. O ritual também é considerado um rito de passagem e um meio de conectar a criança à sua herança cultural. Apesar dos potenciais riscos para a saúde associados a esta prática, a tribo Mentawai tem realizado persistentemente o afiamento dos dentes durante gerações, uma vez que tem uma importância significativa na preservação da sua identidade cultural. [9]

1 O Haka dos Maori

O haka é um ritual de dança tradicional do povo Maori da Nova Zelândia que ganhou reconhecimento mundial devido à sua atuação pela seleção nacional de rugby da Nova Zelândia antes das partidas. O haka é uma demonstração feroz e intimidante de habilidade física e poder vocal, com os artistas batendo os pés, batendo nas coxas e gritando em uníssono enquanto fazem expressões faciais e gestos agressivos.

O propósito do haka varia dependendo da ocasião, mas muitas vezes é realizado para afirmar a força e a unidade do povo Maori e intimidar os oponentes. Também é usado para homenagear convidados importantes e comemorar eventos significativos. O haka está profundamente enraizado na cultura Maori e é considerado um ritual sagrado que conecta os artistas com seus ancestrais e herança espiritual. O seu significado vai além do entretenimento e da competição atlética e serve como um poderoso símbolo de identidade cultural e orgulho. [10]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *