10 crenças científicas desmascaradas do passado

A ciência nos enche de grande admiração e tem feito isso há gerações, mas tem havido um número incrível de “descobertas científicas” que mais tarde foram consideradas completamente falsas. Esta lista analisa dez dos casos mais fascinantes de falsidades científicas da história.

10
A chuva segue o arado

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“A chuva segue o arado” é o nome dado a um conceito de climatologia que hoje está completamente desmascarado. A teoria dizia que o assentamento humano causou um aumento permanente nas chuvas – permitindo assim que o homem se deslocasse para áreas anteriormente consideradas áridas. Foi esta teoria do século 19 que provocou a colonização das Grandes Planícies (anteriormente conhecidas como Grande Deserto Americano) e de partes do Sul da Austrália. A teoria acabou sendo refutada pelos climatologistas e, nas áreas colonizadas do Sul da Austrália, a seca pôs fim às tentativas de assentamento.

9
Teoria Mundial do Gelo

Hanns Hoerbiger

Essa estranha teoria tem um nome relativamente normal, mas fique tranquilo, o conceito está longe disso. Hans Hörbiger (foto acima), um engenheiro e inventor austríaco recebeu uma visão em 1894 que lhe dizia que o gelo era a substância de todas as substâncias básicas e criou as luas geladas, os planetas gelados e um “éter global”. Ele disse: “Eu sabia que Newton estava errado e que a atração gravitacional do Sol deixa de existir a três vezes a distância de Netuno[.]” Inacreditavelmente, esta teoria obteve grande apoio. Um dos mais fortes defensores do conceito foi Houston Stewart Chamberlain (genro póstumo do compositor britânico Richard Wagner), que se tornou um dos principais teóricos por trás do desenvolvimento do Partido Nazista na Alemanha.

8
Alquimia

Alquimista Bruegel

A alquimia tem suas raízes (no mundo ocidental) no Antigo Egito, onde se combinou com a metalurgia em uma forma de ciência primitiva. Os alquimistas egípcios descobriram as fórmulas para fazer argamassa, vidro e cosméticos. Do Egito, eventualmente se espalhou para o resto do mundo antigo e levou à alquimia moderna, na qual os homens tentavam transformar metais em ouro, invocar gênios e realizar todo tipo de atividades bizarras e não tão científicas. Embora tenha contribuído de algumas maneiras para a ciência moderna, a disciplina da verdadeira ciência causou a morte da alquimia, que não resistiu aos testes rigorosos da sua pseudociência.

7
Ilha Califórnia

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A partir do século XVI, os especialistas europeus em geografia estavam convencidos de que a Califórnia era uma ilha separada do continente norte-americano. Os mapas da época mostram uma grande ilha à esquerda da massa de terra e a Califórnia continuou a aparecer desta forma mesmo no século XVIII. Na época também corria o boato de que a Califórnia era um paraíso terrestre como o Jardim do Éden ou a Atlântida. Um romance de 1510 descreve-o assim:

Saibam que à direita das Índias existe uma ilha chamada Califórnia, muito próxima do lado do Paraíso Terrestre; e é povoado por mulheres negras, sem nenhum homem entre elas, pois vivem à maneira das amazonas. — Las Sergas de Esplandián por Garci Rodríguez de Montalvo

O assunto foi finalmente resolvido de forma indiscutível nas expedições de 1774-1776 de Juan Bautista de Anza. Curiosamente, é provável que dentro de 25 milhões de anos, a Baixa Califórnia e parte do sul da Califórnia realmente se separem da América do Norte devido ao movimento das placas tectónicas.

6
Geocentricidade

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Geocentricidade é o conceito que afirma que a Terra é o centro do Universo e que todos os outros objetos se movem em torno dela. A visão foi universalmente aceita na Grécia Antiga e ideias muito semelhantes foram defendidas na China Antiga. A ideia foi apoiada pelo fato de que o sol, as estrelas e os planetas parecem girar em torno da Terra e pela percepção física de que a Terra é estável e não se move. Isto foi combinado com a crença de que a Terra era uma esfera; a crença em uma Terra plana já havia desaparecido no século III aC. O modelo geocêntrico acabou sendo substituído pelo trabalho de Copérnico, Galileu e Kepler no século XVI.

5
Os quatro humores

Os quatro humores

Desde a antiguidade clássica até os tempos modernos, acreditava-se que o corpo continha quatro humores: sangue, bile amarela, bile negra e catarro. Acreditava-se que o equilíbrio correto desses quatro humores tornava a pessoa saudável, mas o excesso ou a diminuição de qualquer um deles causaria doenças. Por causa dessa crença, os tratamentos de doenças incluiriam sangrias, expurgos e eméticos. Ocasionalmente, uma mistura de ervas seria usada para restaurar o equilíbrio. Os humores também eram aplicados aos alimentos – por exemplo, o vinho era colérico (bile amarela). Esta classificação ainda existe até certo ponto, pois nos referimos a alguns alimentos como “quentes” e outros como “secos”. O conceito de humores não foi substituído até 1858, quando Rudolf Virchow publicou teorias de patologia celular.

4
Vitalismo

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O vitalismo afirma que as funções dos seres vivos são controladas por uma “força vital” e não por meios biofísicos. O vitalismo tem uma longa história nas filosofias médicas – e está ligado aos quatro humores. Às vezes é chamada de “faísca de vida” e até mesmo de alma. Nas tradições orientais é essencialmente a mesma coisa que “qi” ou “chi”, que está fortemente ligado aos métodos medicinais orientais. O conceito é (como era de se esperar) completamente rejeitado pela maioria dos cientistas convencionais. Em 1967, Francis Crick, o co-descobridor da estrutura do DNA, declarou: “E então, para aqueles de vocês que podem ser vitalistas, eu faria esta profecia: o que todos acreditaram ontem, e vocês acreditam hoje, apenas os excêntricos acreditarão amanhã. ”

3
Impressão Materna

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A Impressão Materna é uma antiga crença de que os pensamentos de uma mãe durante a gravidez podem conferir características especiais à criança em seu ventre. Durante muitos anos esta ideia foi usada para explicar doenças congênitas e defeitos congênitos. A Impressão Materna foi usada para explicar o distúrbio sofrido pelo Homem Elefante: foi sugerido que sua mãe se assustou com um elefante enquanto estava grávida dele – imprimindo assim a memória de um elefante em seu filho. A depressão também foi explicada dessa maneira. Se uma mãe tivesse momentos de forte tristeza durante a gravidez, acreditava-se que seu filho acabaria sofrendo de depressão mais tarde na vida. A teoria genética causou a erradicação quase completa desta crença no século XX.

2
Flogisto

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A teoria do flogisto data de 1667, quando Johann Joachim Becher (um físico alemão) sugeriu que havia um quinto elemento (flogisto) para acompanhar os quatro elementos clássicos (Terra, Água, Ar, Fogo) que estava contido em objetos que poderiam queimar. . Acreditava-se que quando um objeto queimava, ele liberava seu flogisto (elemento sem sabor, massa, odor ou cor) e deixava para trás uma substância pulverulenta chamada cal (o que hoje sabemos ser óxido). Objetos que queimavam no ar eram considerados ricos em flogisto e o fato de um incêndio ter queimado quando o oxigênio era removido era visto como prova de que o oxigênio só poderia absorver uma quantidade limitada da substância. Essa teoria também levou à ideia de que a necessidade humana de respirar tinha a única função de remover o flogisto do corpo. Todo o conceito foi substituído pela descoberta de Antoine-Laurent Lavoisier de que a combustão só poderia ocorrer com a ajuda de um gás como o oxigênio.

1
Geração espontânea

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Antes dos microscópios e das teorias sobre células e germes, o homem tinha outras ideias sobre a criação dos seres vivos. Ele acreditava estranhamente que a vida surgia de matéria inanimada (por exemplo, larvas surgem espontaneamente de carne podre). Os defensores desta visão (praticamente todos) usaram a Bíblia como fonte de evidência, devido ao fato de que Deus fez o homem do pó. No entanto, a visão existia antes do Cristianismo e de Aristóteles dizer, em termos inequívocos, que alguns animais crescem espontaneamente e não a partir de outros animais da sua espécie. Os primeiros crentes tiveram que apresentar algumas ideias bastante estranhas para fazer sua teoria funcionar: Anaximandro (um filósofo grego que ensinou Pitágoras) acreditava que em algum momento da história do homem, os humanos nasceram espontaneamente do solo na forma adulta, caso contrário, poderiam nunca sobrevivi. Antes de rirmos muito dos antigos, devemos notar que muitos cientistas até o século XIX acreditavam nisso, e alguns até escreveram livros de receitas para fazer animais. Uma dessas receitas (para fazer um escorpião) pede manjericão, colocado entre dois tijolos e deixado ao sol. A teoria só foi finalmente posta de lado em 1859, quando Louis Pasteur provou que ela estava errada de uma vez por todas.

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